Introdução
O pombo comum das cidades, o pombo urbano (Columba livia) se integrou bem às cidades brasileiras, da mesma forma como o fez em metrópoles do mundo todo. Em mais de 6000 anos de convivência com o homem, não há mais como retirá-los dos centros urbanos. Sua superpopulação não é desejável e pode provocar sérios problemas para as pessoas e seus patrimônios.
Os pombos alimentam-se no solo, engolindo grãos inteiros, bebem por sucção e andam balançando a cabeça de forma característica, para frente e para trás. O principal fator do tamanho da colônia é a oferta de alimentos. Populações não controladas chegam a duplicar a cada ano.
Doenças transmitidas por pombos
Embora difícil de ser comprovada, a transmissão de doenças ao homem não é rara. Cada pombo produz cerca de 2,5 Kg de dejetos ao ano. Os excrementos, muitos ácidos, são lançados nas praças, nos telhados, nas calhas, varandas, parapeitos de prédio, casas, hospitais, roupas no varal, etc. Estes secos e pulverizados pelo vento, quando inalados por pessoas imunodeprimidas podem provocar doenças, tais como a criptococose, a histoplasmose (micoses sistêmicas que podem variar de benignas a graves) e a ornitose, uma clamidiose que se adquire pelo contato com a ave doente. Também podem ocorrer alergias pelo contato com as aves e seus ectoparasitos.
A infestação das casas pelo ácaro Dermanyssys gallinae, que se abriga durante o dia em frestas e no ninho das aves para sugar seu sangue à noite; o ácaro invade o domicílio e ataca animais e pessoas. Outros danos freqüentes são a corrosão de estruturas de concreto ou metal pela acidez dos excrementos, entupimentos de calhas e canos de águas pluviais por aves mortas e ninhos, além da sujeira nas paredes, veículos e outros.
Ciclo de vida
Os machos e fêmeas são parecidos, mas os primeiros são um pouco maiores.
O tempo de gestação é de 17 a 19 dias (período de incubação dos ovos). Em geral, são 2 ovos em cada postura, chegando a se reproduzir de 3 a 5 vezes ao ano. Quando os filhotes têm entre 25 e 35 dias de vida, começam a sair do ninho. Continuam sendo alimentados por seus pais até cerca de 45 dias de idade. Aos seis meses, já estão sexualmente ativos, podendo se reproduzir por 4 anos ou mais. Apenas 43% dos filhotes que deixam o ninho sobrevivem ao primeiro ano de vida, enquanto a taxa anual de mortalidade entre adultos é de 34%. Nos centros urbanos podem viver aproximadamente três a cinco anos.
Medida preventiva e controle químico
• Retirada de fontes de alimento voluntárias e involuntárias (mais importante);
• Propões-se diminuição gradual do fornecimento (colônias antigas), em se tratando de novas, suspensão imediata do fornecimento. Precisa ser acompanhada da educação sanitária dos residentes e freqüentadores das áreas. Algumas prefeituras já proíbem a distribuição de grãos e multam os provedores;
• Manejo da população: deslocando os bandos de onde sua presença é indesejada. Exclusão mecânica de sótãos, forros, varandas, áreas de serviço, nichos de ar condicionado, piscinas, pátios, etc;
• Eliminar ou inverter os beirais da fachada, criar artifícios para dissuasão do pouso;
• Gel repelente: sua ação é comprovada, porém tem que ser reaplicado a cada 4 ou 6 meses e retém a poeira do ar; não deve ser aplicado sobre superfícies porosas ou sujas;
• Retirada mecânica de ninhos e ovos;
• Avitrol (4-aminopyridine) é um método químico, ideal para afastar bandos de pombos de telhados e terraços. Reúne grãos não tratados misturados a iscas tóxicas. Os pombos que ingerem o produto e se intoxicam emitem sinais de alarme e apresentam comportamento errático, isto assusta e espanta o bando do local. Produz bons resultados quando associados a outros métodos.
• Uso de estímulos visuais como pertubadores: recóbitos, espelhos, luzes giratórias, etc;
• Uso de estímulos auditivos como pertubadores: alarmes, buzina, som de latas;
• Inibidor de reprodução: ornithrol ou azacholesterol (20,25 diazacolesterol diicloro), busulfan (1,4 bis melasulfonilossi butano).